Educação Condutiva - com amor

Quero escrever sobre Educação Condutiva porque me apaixonei por este método, cheio de amor, que tem atendido aos meus filhos com p.c. Quero descrever o que tenho estudado, aprendido, escutado e sentido ... Tenho a vontade de abraçar o mundo e fazer com que todas as crianças na mesma condição motora de meus filhos, tenham a chance de receber toda esta inteligência, técnica, forma de agir, pensar e sentir, que com todo carinho o Dr. Andras Peto deixou de herança.

Wednesday, September 29, 2010

Música como estímulo

A música preenche espaços que parecem não existir. Ao mesmo tempo que qualquer outra atividade, ela pode relaxar, fazer sorrir, fazer chorar, despertar interesses, movimentar emoções. Em qual lugar do cérebro ela está?

Daniel Levitin escreveu A Música no seu cérebro, e descobriu que a música está distribuída por todo o cérebro. Em estudos no seu laboratório na Universidade McGill no Canadá, mostra pacientes que perderam a capacidade de ler um jornal, mas que continuam lendo música; bem como indivíduos capazes de tocar piano, mas sem coordenação para abotoar a própria camisa.

O ato de ouvir, tocar e compor música mobiliza quase todas as áreas do cérebro até agora identificadas pela neurociência.

Música: está aí uma forma sempre nova de estimular nossos filhos, que precisam estar com o cérebro em constante ebulição.



Daniel J. Levitin é neurocientista, músico, engenheiro de som e produtor musical.

Conduction


Mais um centro de informação virtual em Educação Condutiva, Conduction:

Conduction cria um depósito de informações para o mundo da Educação Condutiva. Ele reúne diversas bases de recursos on-line para aqueles que usam ou procuram entender o método da Educação Condutiva, auxilia também aqueles que nela trabalham ou ajudam a fornecer informações a qualquer um interessado que deseja querer saber.

Visite!

Thursday, September 23, 2010

Esclerose múltipla


Este vídeo fala da educação condutiva para adultos. A condutora Melanie Brown explica que muitos pensam que a educação condutiva está voltada somente para crianças, no entanto mostra em vídeos um rol de atividades para adultos e cita pesquisas realizadas em seu país sobre as melhoras em qualidade de vida para adultos com esclerose múltipla, parkinson e derrame. O vídeo também mostra as instalações do National Institute of Conductive Education, em Birmingham, na Inglaterra. São cinco minutos de informação.

O vídeo você assiste aqui.

Tuesday, September 21, 2010

Conquistas de primavera


Amo sentir o cheiro da chuva caindo na terra, parece que consigo ver as flores se abrindo e as folhinhas brotando. Ontem elas não estavam ali! Hoje já está aquela linda flor no ipê amarelo, só flores, de tão linda. O ipê semanas antes parece morto, sem folhas, um caule bruto, talvez eu nunca tivesse reparado ele ali. E agora é só ele, lindo!, todo amarelo, "gritando' pra se mostrar.

É lindo ver lá em cima na ponta de cada galho, aquele monte de brotos, prontos para explodir. Esse momento de transição entre o inverno e a primavera é lindo, nos mostra esperança, mostra que de um dia para o outro podemos brotar! Revigorados, depois de uma longa pausa, despertando a vida que existe dentro de nós.

O inverno nos manteve sonolentos, assim como meu filho que através da persistência, do treino, dos ensinamentos em educação condutiva, de repente aprendeu a trocar o canal da tv. A condutora não ensinou a ele a trocar o canal, mas regou a sementinha para que nele brotasse energia e vontade em insistir e driblar sua limitação.

Vamos saudar a primavera com um lindo sorriso que desperta nossa alma e nossas conquistas que estão guardadinhas, prontas para brotar. Viva a primavera!

Mágoa


Meu passado tem história de erro, descuido, incompetência. Situações que provocam desgosto, ódio e mágoa. Para que me serve guardar estes sentimentos? Minha história poderia ter sido diferente... Poderia, mas não foi. O meu presente é este, não adianta viver imaginando como seria... Se não é.

Guardar mágoa, rancor, raiva, só deixa a nossa alma / nosso corpo / nossa vida, mais pesada. O outro nem sabe o que estamos sentindo, muitas vezes nem entende o porquê de nossas reações.

Estar livre deste peso dentro de nós só nos fará mais feliz. Eu reprimo meus filhos quando, por qualquer reação dizem: - Eu odeio. Esta palavra é muito forte e odiar não é um bom sentimento. O ódio faz mal a quem sente... Não que deixaremos de sentir aquela sensação, mas peço que substituam as palavras por outras mais amenas. Eu não reprimo somente aos meus filhos, mas reprimo a mim mesma, para estar atenta a não guardar sentimentos ruins e poder emanar sentimentos bons, para mim e para os que estão em sintonia comigo. É um treino. Uma constante.

Sentir-se bem, ser feliz, estar livre de pesos, ser assim como eu sou, é a parte mais importante de nossa vida. Da minha, da sua. E este é o maior obstáculo que vejo na educação dos meus filhos. Aprender a amar-se assim como eu sou, aceitar minhas limitações, aprender com elas. Viver com elas. Ensina-los a não sentir mágoa, rancor, ódio: este é um grande desafio.

Viver na sombra só me apaga daquilo que eu verdadeiramente sou. A espontaneidade que brota com alegria de dentro do meu ser, muitas vezes é podada, reprimida. Vamos manter nossa espontaneidade, ela é inconsciente, pura e verdadeira.

Thursday, September 16, 2010

Um olhar generoso

Nesta teia, nesta rede, estamos todos juntos. Um mundo melhor, um sorriso, uma esperança. O profeta Gentileza escrevia palavras de conforto nos muros do Rio de Janeiro, aclamando paz. Eu gostaria de repetir aqui as palavras da mãe de múltiplos com paralisia cerebral, que como numa prece, pede por favor aos olhares generosos.

"Como todas as mães quero um mundo melhor para meus filhos,
por isso escrevo, compartilhando meu aprendizado. Aos olhares que
acolhem mando meu terno abraço, aos que tem piedade meu desejo
de crescimento, e para aqueles que acham fazer parte de um mundo
paralelo, solicito, pelo menos, um olhar mais generoso."


Luciane Nascimento Lubianca teve seu artigo completo "Por um olhar mais generoso...", publicado no Jornal Zero Hora desta quarta-feira, 15 de setembro, página 23.

Comece, pratique a paz!
Sorria: com os olhos, com os lábios, com a mente, com o coração!

Descansar: amanhã!


Lembro do tempo em que no meio da madrugada, esgotada depois de amamentar os gêmeos e complementar com a mamadeira de leite nan, eu ficava imaginando o dia que meus bebês conseguissem segurar a mamadeira. Parecia a ação mais importante do mundo, pois assim permitiria que por alguns segundos eu pudesse fechar os olhos e descansar.

Amamentei meus gêmeos sempre com leite materno até o dia em que eles saíram da unidade de terapia intensiva. Uma atividade que se tornou simples e rotineira, ir ao banco de leite, sentar-se a frente do vácuo e na presença de outras mulheres, sugar o leite com aquela música do compressor pressionando os mamilos até sair a última e preciosa gota. Nos primeiros dias, eram mesmo gotas. Enquanto a vizinha ao lado enchia seus potes e até deixava escorrer pelo seio e barriga, eu economizava cada ml do líquido precioso que garantiria a sobrevivência dos meus bebês em estado de septicemia. Eu ficava imaginando o dia que eles conseguiriam mamar no peito, pois assim permitiria que o contato me deixasse mais tempo junto deles e me sobraria tempo para descansar uns minutos a mais.

Meus bebês estão com oito anos e foi nesta semana que um deles realizou uma grande conquista. Com a ajuda de uma fita adesiva e de um caderno de capa dura em seu colo, colamos o controle remoto e demos a ele a liberdade de mudar de canal, aumentar o som, entrar na programação da semana, colocar para gravar, assistir programas antigos. Que maravilha! Fazia já algum tempo que esta ação lhe parecia "motoramente" possível, no entanto o tempo de pressão do botão, a precisão do apertão, o tamanho da tecla, impediam que ele conseguisse com total êxito.

Foi na sequência que ele navegou com seu joystick no Youtube escolhendo os vídeos para ele e para seu irmão. Com entusiasmo assistiu a todos eles, como a comemoração de uma vitória. No dia seguinte quis fazer os deveres de redação usando o teclado do computador, e sozinho fez a tarefa. É verdade que ele não usou a tecla de espaço, mas copiou o texto do caderno conforme solicitado. Eu ficava imaginando o dia que seria despertado nele o interesse em querer fazer, gratificando a sua realização, e nos oferecendo descanso.

Ainda é cedo mas chegará o dia em que se somará persistência unida aos objetivos de suas conquistas motoras, a todas as duras rotinas que eles seguem desde que saíram daquele descanso na unidade de terapia intensiva. Será naquele futuro que mais uma vez seremos agraciados com aquele perfeito sorriso de vitória. E então, neste futuro, será o tempo de descansar...

Thursday, September 09, 2010

É preciso esperar

Abro o chuveiro e preciso aguardar até que a água quente venha pela tubulação. É preciso esperar.
Diariamente eu abro a água quente, espero `pelar` e em seguida misturo a fria, para encontrar a temperatura ideal para o banho. Fatores como a temperatura externa, o horário do banho, a época do ano e a força do sol interferem na temperatura que sai do chuveiro, que tem sua água aquecida pelo sol. Diariamente é preciso esperar.

Quando pergunto ao meu filho se ele quer suco ou água de côco, eu preciso esperar.
Ele não fala, palavra, e eu espero até que seus olhos se voltem para a sua dúvida, tome a decisão, olhem de volta para mim e com bastante dificuldade me responde a opção escolhida. Fatores como o barulho, outros assuntos mais interessantes no ambiente, ou mesmo a dúvida; interferem no tempo de resposta. Momentaneamente é preciso esperar.

Quando navego na internet e desejo ver o último vídeo sobre a Educação Condutiva na CBSnews. É preciso esperar.
O download não inicia imediatamente, e é necessário que eu esteja com tranquilidade e paciência o suficiente para que a minha escolha seja realizada por completo. Eventualmente é preciso esperar.

São tantos momentos que aguardamos por coisas tão bobas, ou muitas vezes por momentos desnecessários, mas mesmo assim aguardamos. Eu diria que esperar é uma tarefa realizada de forma impaciente. Quando a espera é uma resposta, ela se torna angustiante. Uma resposta após uma entrevista de emprego, um convite para uma festa glamorosa, um convite para sair; tantos exemplos.

Precisamos tornar nossas esperas pacientes, importantes e valorizadas. Principalmente as esperas de escolhas feitas por nossos filhos, aqueles incapazes de falar, mas com a escolha feita e ansiosos por um olhar ou uma pergunta acertada. Com calma vamos esperar para conhecer as escolhas feitas por eles.

Wednesday, September 08, 2010

Peto, Luriya e Vygostkii

Justo após a atenção se voltar para os conceitos de paralisia cerebral no post anterior, o Prof. Andrew Sutton comenta o post do Prof. Jorge Márcio, elogiando e também nos corrigindo quando o assunto se trata de educação condutiva.

Um post que não deve deixar de ser lido, com o título :
Há uma enorme quantidade de blogs no Brasil
Estimulantes, frescos e cheios de vida

e a versão original em inglês:
There's an awful lot of blogging in Brazil
Stimulating, fresh and lively

http://www.conductive-world.info/2010/09/theres-awful-lot-of-blogging-in-brazil.html

E foi ali que postei minha dúvida em relação aos estudiosos, Peto, Vygotskii e Luriya.

Andrew,
I have being reading about Luria at the Library, and i wrote on this post. Please if you have any comments about it, i would like to know.
http://educacaocondutiva.blogspot.com/2006/10/luria-vygotsky-e-peto.html
And as well, i read that they have being visiting Peto Institute:
http://educacaocondutiva.blogspot.com/2006/09/relatos.html
This is not true?
Thanks for helping.
Obrigada
Leticia


E as respostas logo abaixo, com informações ultra secretas ditas por Mari Hari a Andrew Sutton, com exclusividade!
András Pető, L. S. Vygotskii and A. R Luriya
True?

http://www.conductive-world.info/2010/09/andras-peto-meets-l-s-vygotskii-and-r.html

Andrew Sutton, um livro vivo de histórias. Thank you ever so much.

Wednesday, September 01, 2010

Paralisia Cerebral por Freud


O conceito de paralisia cerebral foi criado por Sigmund Freud, assim cita o Professor Jorge Márcio no blog InfoAtivo Def.net.

Entre as suas citações, ele usa uma frase de Andras Peto que aqui repito:

"Já dizia, András Petö, criador da Educação Condutiva, lá em Budapeste, nos anos 40, sobre sua principal descoberta, aliada aos seus conhecimentos de Piaget e Luria, que: " tanto a criança como o adulto são capazes de APRENDER e QUEREM APRENDER apesar de seu sistema nervoso poder estar severamente lesado, no sentido anatômico, como no caso das Paralisias Cerebrais", assim como todos e todas queremos aprender.

Também cita Karol Bobath:

Karel Bobath nos confirmou, em uma das muitas conceituações, ao dizer: "Paralisia cerebral é o resultado de uma lesão ou mau desenvolvimento do cérebro, de caráter não progressivo, existindo desde a infância. A deficiência motora se expressa em padrões anormais de postura e movimentos, associados com o tônus postural anormal. A lesão que atinge o cérebro quando ainda é imaturo interfere com o desenvolvimento motor normal da criança."

O nome paralisia cerebral é vulgarmente utilizado para conceituar síndromes ainda não descobertas, comportamentos não condizentes com nenhuma pesquisa ou indefinições duvidosas. Algumas vezes já escutei a mãe de uma criança com necessidades especiais dizer:
- Eles chamam de paralisia cerebral, mas não encontraram nenhuma lesão no cérebro.

E então, como diz o professor Jorge, você entra no Google e vê mais de 450 mil citações de conceitos de paralisia cerebral... O texto completo você lê aqui.