John, Gracia e eu
Na última sexta-feira recebemos em nosso Grupo de Estudos Com Amor, a pedagoga Gracia Maria Nascimento Corrêa para falar de seu mestrado em Educação, defendido no ano passado na Universidade do Vale do Itajaí. Sob o título de A Educação Condutiva como Possibilidade de Desenvolvimento e Inserção Social, ela investiga os princípios teóricos e metodológicos que norteiam a Educação Condutiva, organizando o primeiro material em língua portuguesa que possa subsidiar o trabalho de pais, professores ou profissionais em educação, implicados com a paralisia cerebral.
Com seus cinquenta e tantos anos, como ela mesmo dizia, se colocou no nível de uma estudante da pré-escola em processo de alfabetização. Escreveu seu mestrado organizando uma bibliografia escassa e de difícil acesso, onde ela foi pessoalmente buscar na Inglaterra, no México e na Hungria.
Nos encantamos com a presença dela, suas percepções e suas palavras. Obrigada Gracia. Entre tantos ensinamentos repito alguns:
"O condutor é o substituto da lesão cerebral. É ele que se coloca entre os neurônios e permite fazer as sinapses."
"A Educação Condutiva com seu pensamento sistêmico, dá valor ao processo, mais do que ao resultado."
"A Educação Condutiva muda a vida da gente. Fiz coisas que não são do meu feitio tímido."
E eu, escutando ela falar, me senti aliviada. Algumas vezes me sentindo ilhada, percebo que não sou só eu que me apaixonei por este método. Aliás, não sou eu. É ele, a Educação Condutiva que vira a cabeça da gente. Como eu, como ela, lembrei de John Lennon, músico, cantor, compositor, escritor e ativista em favor da paz:
"You may say I'm a dreamer, but I'm not the only one.
I hope some day you will join us. And the world will be as one."
Você pode até dizer que eu sou um sonhador. Mas eu não sou o único.
Espero que um dia você se junte a nós. E o mundo será um só.
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