Educação Condutiva - com amor

Quero escrever sobre Educação Condutiva porque me apaixonei por este método, cheio de amor, que tem atendido aos meus filhos com p.c. Quero descrever o que tenho estudado, aprendido, escutado e sentido ... Tenho a vontade de abraçar o mundo e fazer com que todas as crianças na mesma condição motora de meus filhos, tenham a chance de receber toda esta inteligência, técnica, forma de agir, pensar e sentir, que com todo carinho o Dr. Andras Peto deixou de herança.

Thursday, March 29, 2012

Liam

Liam tem paralisia cerebral, sua mãe descreve neste vídeo lindas palavras sobre o aprendizado que ele vem tendo nos últimos anos com a Educação Condutiva. E ela começa dizendo assim: "Não é que meu filho tenha paralisia cerebral, ele tendo toda família passa a ter".

 

 

 

 

 

 

 

Tuesday, March 27, 2012

Palestra Gratuita Educação Especial

Conheça a Educação Condutiva, o método de ensino, a educação dos programas, a rotina, o aprendizado desenvolvido pelo Dr. Andras Peto para pessoas com paralisia cerebral e outros tipos de deficiência motora.

Agende a data de 20 de abril, em Florianópolis, com a palestrante húngara, a condutora Anna Szabó. Em breve mais informações.

Friday, March 16, 2012

Golfinhos, a Winter

Winter, clicada por mim
Em visita ao aquário de Clearwater, fomos conhecer Winter. Winter é uma golfinho que ficou conhecida pelo filme contando sua história sobre como recebeu uma prótese em sua cauda. A partir de então o Centro de reabilitação Marinho passou a receber visitas, principalmente de crianças especiais querendo conhecer e ver o olhar da Winter.

Conheça a Winter, vendo o clipe do filme Dolphin Tale.

Nós estivemos lá e não pude acreditar naquele olhar, olho-no-olho, que a golfinho deu para meus filhos. Era incrível, algo de arrepiar, algo 'tolo' de contar. Ela olha mesmo, olha e não para de olhar, como se estivesse chamando, conversando, acariciando.

Visite ClearWater e conheça o Aquário SeeWinter e a experiência de estar na água com eles. Indescritível, marcante, sensacional. Viva!

E falando em golfinho, conheça também terapias com golfinhos. Integrative Intention, aqui um centro que une principalmente as técnicas crânio-sacral com a interação e aprendizado com golfinhos, assista o vídeo.

Golfinhos, os amo amo!

Personalidade orto-funcional

Em Educação Condutiva se busca personalidade orto-funcional.

Para se ter uma personalidade orto-funcional significa que apesar dos problemas fundamentais, um indivíduo tem estratégias particulares pelos quais ele pode enfrentar qualquer eventualidade e encontrar a solução, que lhe permita buscar um estilo de vida normal. Ao fazer isso ele vai se tornar uma personalidade bem ajustada, com uma força a ser reconhecida, com uma mente própria, socialmente aceitável, um colaborador para a sociedade, consciente das necessidades dos outros, de forma ativa e consciente.

Essencialmente, trata-se de desenvolver uma atitude de "pode ​​fazer" atitude - uma solução para a vida de uma natureza adaptável de forma flexível para lidar com os desafios da vida diária. Desafios de andar, vestir, comer e fazer higiene pessoal, para se comunicar, explorando o ambiente e se envolvendo com atividades e recursos em todas as áreas de aprendizagem.

A chave para o sucesso e independência é incutir na criança tanto um desejo como uma expectativa de exercer a sua independência. A criança já tem consigo o desejo e a capacidade de ser ativo, e ele quer ter confiança para resolver seus problemas de forma independente.

Os pais e as famílias são incentivadas a participar ativamente no programa para que eles possam ajudar as crianças a transferir as habilidades que estão aprendendo na escola em sua rotina diária. Ao utilizar os princípios de Educação Condutiva ao longo do dia todo, a abordagem "pode ​​fazer" torna-se um modo de vida para toda a família.

Facilitação Condutiva

Na Educação Condutiva os movimentos das crianças são conduzidos pelo condutor. Através de movimentos ativos toda a intenção do movimento parte da criança. No entanto é preciso construir esta ação, e para esta construção o condutor deve usar a técnica chamada facilitação.

A facilitação não é a tarefa, é a condução do movimento. Facilitar é fazer com que a criança aprenda, ao invés de fazer por ele. Ao observar o trabalho podemos ter a sensação que um adulto está levando o braço a frente, mas com mais atenção percebemos que ele está usando ao máximo a intenção da criança. E assim pouco a pouco vai se facilitando menos, cada vez menos.

A facilitação condutiva é uma mudança de intenção ao invés do ensino da função. De acordo com Melanie Brown, ela diz que seguimos um ciclo da intenção até a ação, a intenção é a mudança de acordo com o feedback daquela ação. Este feedback dado pela criança pode ser externo - visualmente no movimento, mas também um processo interno de auto-aprendizado e auto-ação ativa.

De acordo com a Educação Condutiva, diariamente se busca a personalidade ortofuncional, uma pessoa que tem a habilidade para resolver a situação e mais importante, continuar aprendendo no decorrer da vida.

E mais detalhes desta aula conceitual no entanto recheada de dicas na ação prática, consultar artigos de Melanie Brown, do Instituto Nacional de Educação Condutiva em Birmingham, Inglaterra.

Thursday, March 15, 2012

Dança das nuvens

Passar o tempo olhando as formas das nuvens.

Cada movimento da nuvem, de um lado a outro, vai moldando nossa imaginação. Umas nuvens rápidas, outras parecendo imóveis.

Levando de uma lembrança a um sonho. De uma memória a construção de um desejo.

As nuvens se recriando e o tempo passando.

Embalados na dança das nuvens, percebo então que os pelinhos das pernas dos meus filhos já estão pretos.

E os da minha cabeça, brancos.

Quebra-cabeça

Ele chegou na sala de aula, o grupo já estava em silêncio. No entanto os olhares falaram ao pararem em suas pernas imobilizadas. Nenhum olho olhou no olho. O silêncio se manteve.


O grupo de olhares tras a lembrança de uma semana em pausa, um desafio humano. Um esforço para sorrir, se distrair.


Uma distância imensa daqueles que passaram os últimos doze dias pulando carnaval, na água e no sol. Um contraste tão grande, que ele não consegue se unir, dá mal-estar e febre.


A distância dos objetivos não fecha o quebra-cabeça começado, peças do mesmo tamanho e da mesma idade.

Tuesday, March 06, 2012

Congresso Mundial EC




APERÇU DU LIVRE !
Cliquer pour un aperçu du livre Nas palavras de Ildikó Kozma, Presidente do Instituto Andras Peto, para o livro editado em 2007 para o Congresso realizado na Suécia, declara a Educação Condutiva como uma forma mais harmoniosa de desenvolvimento humano, reduzindo a exclusão das pessoas com dificuldades no sistema nervoso central. A Educação Condutiva é uma expressão de afeto para aqueles que necessitam inclusão na sociedade,oferecendo a eles um espaço no sistema de educação, também na família, na comunidade e na nação. É essencial o senso de responsabilidade de toda a população para os objetivos de reabilitação e educação, e este método vem há décadas de encontro a esta realidade.

O Congresso de 2007 trouxe diversos tópicos para a atualidade, na intenção de divulgar novos documentos para aqueles que desejarem, consultar a lista de novos artigos no livro Conductive Education, Occasional Paperls, supplement 6, 6o Congresso Mundial de Educação Condutiva. Ou disponível pelo website Blurb. Já o 7o Congresso foi realizado em Hong Kong em 2010 e tem disponível todas as apresentações em seu website. O próximo congresso será realizado em 2013, na Alemanha. Inscrições para artigos e informações já constam no website.

Engessa

O sono que descansa. A noite que cansa.
Com as pernas pesadas, sem poder se mover. E a noite que não passa.
A ilusão é que acordar seja a solução. O sono é importante, para que então o dia amanheça.
E escuto: "Mãe, me faz dormir. Mãe canta pra mim. Eu preciso dormir, já rezei, já contei até cem, o que eu faço agora?"

Não é justo. O acúmulo não é justo. Uma quinzena dureza, cheia de desafios. Desafios físicos, mentais e emocionais.

Ao acordar de uma noite que não existiu, aos 9 nove anos, chegar em sala de aula e ver os amigos sorridentes correndo de um lado ao outro, como se o som viesse de um eco. Que distância! Que longe estou de cada um deles, aqui engessado. Meu objetivo é ficar de pé, somente. O medo vem. "Mãe, vem me buscar, não consigo nem abrir minha mochila, estou desanimado."

Por algum momento, depois daquele silêncio, daquele olhar distante, escuto dentro de mim: estou perdendo a alegria do meu filho, estou perdendo a beleza da vida dele. E eu aqui, inerte, exaurida, morta.

Toda energia é sugada. 
Meu corpo derrete, desmorona. 
Não sei nem de que pedaço falo, escuto ou ajo.
O corpo fica pequeno, escuro.
No espelho não me enxergo, aquele corpo que não sou eu. 
Minha alma sugada, o sonho da esperança apagado.
O futuro sonhado, o futuro iniciado, ainda a ser conquistado.
E em 40 segundos, ou menos, a alma esvazia.
Só o choro preenche, a lágrima permanente que me acompanha durante dias, em cada momento que estou só.
Quando se vive o presente, escuto o seu "é", seu entendimento para alguém que quer aprender a ler, que quer encontrar uma estratégia para estar de pé, para presentear quem está ao seu lado, com um sorriso, uma gargalhada.
E eu, quando visualizo os planos de futuro, que eu mesma desejei, escuto uma longa pausa.
Um mundo em silêncio.
O silêncio da esperança.

Super heróis

Super Homem nasceu no Planeta Krypton e foi mandado ao Planeta Terra por seu pai minutos antes do planeta explodir.

Os Incríveis vivem o dia a dia de uma família comum, num planeta comum, perseguindo bandidos. Super heróis em busca de um mundo melhor.

Meus gêmeos vestem barras de ferro em suas pernas, para que seus joelhos não dobrem pela força do reflexo.
Nas mãos talas de plástico duro impedindo que um dedo se sobreponha pelo outro para facilitar função.
Nos olhos, óculos de lentes prismáticas arregalam as pupilas, melhoram postura, e levemente cortam a parte interna dos olhos.
Nos pés, eventualmente, talas que forcem o calcanhar a encostar no chão, simulando um andar normal.
Para andar, um andador de ferro que circunda todo seu corpo e a cada três passos uma joelhada que deixa suas rótulas manchadas de roxo.
Na cabeça um capacete que evita quedas e organiza seu corpo no centro, buscando um equilíbrio que não lhe foi herdado.

Entre outras aberrações, uns operam virilhas, metem um pau entre as pernas para que quadris não se cruzem, cortam os tendões de aquiles, extirpam o útero. Ou ainda tomam doses fortíssimas de uma droga tarja preta, para evitar um comportamento que talvez o tenha.

E por aí ainda contam histórias de super heróis que gozam a vida como celebridades, em busca de um mundo melhor.

Super heróis, super heróis...