Educação Condutiva no Brasil

Nós retomamos a rotina da Educação Condutiva no início de fevereiro. Iniciamos este projeto em 2007 com a Bárbara, nossa excelente condutora húngara e continuamos nosso ano de 2009 com a maravilhosa condutora inglesa Becky. Enquanto as notícias na Inglaterra não são muito boas em relação a manutenção de grupos de Educação Condutiva devido a crise financeira que tem abalado todos os cantos e recantos, nós abrimos mais um ano cheio de projetos, novidades e expectativas.

Quais são seus planos para 2009? Você que já ouviu falar deste método de educação, que já experimentou, que tem curiosidade, ou que deseja que seu filho experimente uma situação desafiadora, de aprendizado e motivação do seu cérebro. Quem sabe vocês nos visitam este ano?

Agende-se!
Nós teremos o Programa Visitante, durante 3 semanas de 9 a 27 de março - e depois novamente no segundo semestre de 8 a 25 de setembro.
O curso de férias, também de 3 semanas mas em período integral, será de 13 a 31 de julho. Nós já temos 5 vagas reservadas, garanta a sua!

Venha conhecer Florianópolis e oportunizar o seu filho com paralisa cerebral a viver momentos muito gratificantes no grupo Com Amor. Esperamos vocês!

Desenvolvimento e Inserção social

Mais uma vez a excelente pesquisa de mestrado de Gracia Corrêa citado na rede mundial de Educação Condutiva.

Para quem quiser saber da notícia , veja as informações. Na verdade o que vem ao nosso relato é que são poucas as referências, por mais que possamos ter acessoa livros, a artigos, a novas fontes, sempre é raro. Parabéns mais uma vez Gracia pelo seu trabalho, que acaba educando e criando novas oportunidades para os portadores de necessidades especiais.

A educação condutiva como possibilidades de desenvolvimento e inserção social
Gracia Maria Nascimento Corrêa

Resumo:
Constitui-se problema central desta pesquisa investigar os princípios teóricos e metodológicos que norteiam a Educação Condutiva, organizando um material em língua portuguesa que possa subsidiar o trabalho dos pais, professores ou profissionais da educação, implicados com a paralisia cerebral. Consideramos que o maior significado desta pesquisa será dado no sentido de contribuir para a ampliação das discussões e das práticas de intervenção com as pessoas que apresentam sequelas de paralisia cerebral. Trata-se de uma pesquisa de caráter documental e bibliográfico.

Escolha

No livro O Poder do Agora, o escritor Eckhart Tolle aconselha:
Torne-se um alquimista. Transforme metal em ouro, o sofrimento em consciência, a infelicidade em iluminação.

É em busca desta alquimia que dormimos e acordamos. Pesquisando as sensações de nosso ser, procurando entender nossas escolhas, nossas ações é que nos tornamos cada vez mais consciência. E temos as escolhas todos os dias, na nossa frente, muitas vezes passando a vida sem poder enxergá-las. Escolhas simples, mas importantes nas tomadas de decisões.

Na mesa do café da manhã, depois do leite e do café, opto pelo tipo de adoçante:
- Açúcar ou aspartame? Açúcar.
- Branco ou mascavo? Mascavo.
Se eu posso decidir entre o sim e não, já sou quem responde por mim e meus atos. Sou ativo. Aprendemos com as escolhas. E
temos a opção de escolher. A todo momento.

Vamos viver com as emoções optando pelas escolas certas. Você pode permitir que a emoção esteja presente, sem deixar que ela assuma o controle. Você é o observador, a presença que observa e decide. Eckhart Tolle explica que se houver um aparente conflito entre a mente e a emoção, a verdade estará na emoção e não no pensamento. É ela que surge em primeiro lugar, no momento da escolha.

O belo e o feio

Na história de Ali - o mercador, que Pedro e Camila nos contaram com muito entusiasmo, assim como na vida, vemos que a beleza está associada a alegria, a felicidade, a pureza. No momento da vida que estamos, eu diria que desaprendemos o verdadeiro sentido da beleza.

Já a feiúra veremos nos olhos da odiosa, raivosa, má e calamitosa Kenafa, mulher de Ali. Os sentimentos de confiança, paciência e generosidade também estão lado a lado com a beleza. Assim como a paz, a tranqüilidade, a tolerância e a força, caminham juntas.

O escritor Eckhart Tolle, fala dos aspectos mais profundos do ser: amor, alegria e paz. É certamente verdade que com amor dentro de nós, estamos transbordando de alegria e com uma imensa sensação de paz.

Com nossos olhares filtrados para as interjeições frente a imperfeição, o diferente, o deficiente, vejo mais! Acredito que quando por alguma forma provocamos o sentimento em alguém, ali estamos deixando uma marca, que pode sim, ser confundida com feiúra. Erroneamente, já que cada vez mais estamos provocando e oportunizando chances daquele indivíduo despertar seu amor.

No conto entre Ali e Kenafa, admirando o belo e expulsando a feiúra, ficamos com a mensagem:
O segredo é manter-se aberto, o resto se fará por si.

Enjoada

Abro meus olhos e não me movo, olho para o teto e não encontro um foco. Me balanço.
Cuidadosamente me sento na cama e o ar me falta. Estou tonta.
Tenho uma confusão de sensações, não sei se tenho fome, sede, sono ou dor.
Vagarosamente me obrigo a comer algo. As frutas são deliciosas. O resto não.
Bebo água. Mais um copo.
Com muita dúvida do que vestir, me arrumo. Estou pronta para sair, ver se passa. Na rua devo me endireitar.
O movimento do elevador faz com que a pouca comida dentro de meu corpo faça o mesmo movimento. Sobe e desce. Na pequena parada no térreo, o elevador faz vai e vém, sobe e desce, desnecessário. Nunca tinha percebido isto, mas foi suficiente, mareei.
Caminho como se a estrada fosse longa, meus passos não acompanham meu pensamento que já está lento. Nada muda, sem foco.
Era como se dentro de mim existisse mais um olhar querendo sintonizar com o meu, mas estamos em dead-lock.
Resolvo voltar de escada, um pequeno esforço deve fazer bem. O vai e vém da troca de andares, sempre no mesmo sentido. Dessa vez na horizontal, enjoei.
Abro a porta ainda mais zonza do que desci. Volto a cama, me sento e deito novamente olhando as madeirinhas do teto.
A respiração é curta, o meu corpo pesa, o meu olhar é confuso. Não me reconheço.
Estou grávida. E enjoando.