Enjoada
Abro meus olhos e não me movo, olho para o teto e não encontro um foco. Me balanço.
Cuidadosamente me sento na cama e o ar me falta. Estou tonta.
Tenho uma confusão de sensações, não sei se tenho fome, sede, sono ou dor.
Vagarosamente me obrigo a comer algo. As frutas são deliciosas. O resto não.
Bebo água. Mais um copo.
Com muita dúvida do que vestir, me arrumo. Estou pronta para sair, ver se passa. Na rua devo me endireitar.
O movimento do elevador faz com que a pouca comida dentro de meu corpo faça o mesmo movimento. Sobe e desce. Na pequena parada no térreo, o elevador faz vai e vém, sobe e desce, desnecessário. Nunca tinha percebido isto, mas foi suficiente, mareei.
Caminho como se a estrada fosse longa, meus passos não acompanham meu pensamento que já está lento. Nada muda, sem foco.
Era como se dentro de mim existisse mais um olhar querendo sintonizar com o meu, mas estamos em dead-lock.
Resolvo voltar de escada, um pequeno esforço deve fazer bem. O vai e vém da troca de andares, sempre no mesmo sentido. Dessa vez na horizontal, enjoei.
Abro a porta ainda mais zonza do que desci. Volto a cama, me sento e deito novamente olhando as madeirinhas do teto.
A respiração é curta, o meu corpo pesa, o meu olhar é confuso. Não me reconheço.
Estou grávida. E enjoando.
3 Comments:
Querida ?
Que foi que percebi ? Percebi bem ? Li bem ?
Um beijinho
Maria querida,
Leu bem, não trata-se de nenhum problema com tradução. :) rsrs
Um beijo.
Leticia
Oi Leticia!!!!
Que bom........
Deus abençoe seu estado de graça!
Bjs nas crianças
Mara
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