Educação Condutiva - com amor

Quero escrever sobre Educação Condutiva porque me apaixonei por este método, cheio de amor, que tem atendido aos meus filhos com p.c. Quero descrever o que tenho estudado, aprendido, escutado e sentido ... Tenho a vontade de abraçar o mundo e fazer com que todas as crianças na mesma condição motora de meus filhos, tenham a chance de receber toda esta inteligência, técnica, forma de agir, pensar e sentir, que com todo carinho o Dr. Andras Peto deixou de herança.

Wednesday, February 24, 2010

Transdisciplinas com neurociência



A aprendizagem baseada no funcionamento do cérebro não é uma panacéia capaz de resolver todos os problemas educacionais. Pesquisas conduzidas nesta perspectiva apontam uma direção para os especialistas em educação, oferecendo melhores opções para alunos e adultos que tenham dificuldades de aprendizagem.

Cientistas concluem que a aprendizagem e o cérebro, juntas, estarão no topo da agenda das pesquisas de hoje e nos anos que virão, caso contrário existe o risco da `exclusão neurocientífica`, semelhante a `exclusão digital`, capaz de levar os privilegiados a obterem melhor acesso aos frutos de uma ciência de aprendizagem.

Entre os itens que os pesquisadores da OCDE - Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômicos sugerem estão principalmente a fusão de disciplinas totalmente diferentes: entre elas linguística, matemática, psicologia, neurociência cognitiva, filosofia, entre outras. São os itens:
::: A promoção das relações transdisciplinares;
::: O investimento em pesquisas transdisciplinares;
::: O reconhecimento da emergência de uma nova ciência da aprendizagem e da necessidade de desenvolvimento de novas instituições de ciência.

Estas e outras conclusões no livro Compreendendo o Cérebro - Rumo a uma nova ciência do aprendizado; editado por Senac-SP.

Thursday, February 11, 2010

Neurociência cognitiva


Excitantes descobertas da ciência cognitiva e contínuos progressos da psicologia cognitiva estão começando a oferecer visões interessantes sobre as maneiras como o cérebro aprende.

Historicamente, teoria e método separam essas duas disciplinas. Com o desenvolvimento das novas tecnologias de imagem do cérebro, uma nova ciência mista surgiu: a neurociência cognitiva.

Os neurocientistas cognitivos têm dado maior atenção à educação como área de aplicação do conhecimento da neurociência cognitiva, assim como fonte de importantes pesquisas.

No passado muitos cientistas acreditavam que no nascimento o cérebro humano já tinham todos os neurônios que apresentará mais tarde. Com as novas tecnologias, este fato vem sendo contestado. Alguns mecanismos, como os que controlam nosso instinto de sobrevivência, já existem no nascimento, mas a maior parte dos circuitos mentais de um recém nascido resulta da experiência. Alguns cientistas argumentavam que esses circuitos se completavam por volta dos 3 anos, outros acreditavam que eles continuavam até a adolescência; no entanto em pesquisas mais recentes, existe o consenso de que as conexões sinápticas se formam ao longo de todo o ciclo de vida.

O objetivo mais importante da educação é desenvolver uma capacidade de aprender mais adequada a cada indivíduo, de acordo com os períodos receptivos para a aquisição das funções cognitivas. O progresso da neurociência cognitiva está conduzindo a novas descobertas. As funções cerebrais humanas estão localizadas em várias áreas funcionais. E cada área funcional terá um período receptivo diferente devido a plasticidade das redes neurais. Uma excelente organização dos temas educativos, baseado nos períodos receptivos, provavelmente será mais eficiente.

Mais detalhes sobre períodos receptivos no livro Compreendendo o cérebro ou nas pesquisas do Dr. Hideaki Koizumi - Japão.

Wednesday, February 10, 2010

3 macacos sábios


Como os três macacos sábios, que tampam ouvidos, boca e olhos para não proferir o mal e promover a paz; entendo que o silêncio em sintonia com a paciência, é o mais nobre de nossos atos que temos que praticar.

Em tempos de ingratidão e desrespeito, praticamos constantemente o `mal` em nosso dia a dia e tarefas diárias. Seja na poluição sonora com zumbidos de celulares a todo instante; com palavras grosseiras em desrespeito a nós mesmos ou com atos que não gostaríamos de termos presenciado ou sabido.

Toda esta violência é contra nós mesmos. Simplesmente dizer que não vejo, não falo ou escuto é uma forma de promover a paz.

Que neste ano que recomeça, tenhamos esta união de sentimentos traduzidos como não ouça o mal, não fale o mal e não veja o mal. Tenha paz.

Florianópolis em italiano


Para quem quer conhecer a minha cidade, o paraíso onde eu moro com minha família. Aqui onde recebemos crianças e famílias de todo o Brasil para conhecer o projeto Educação Condutiva Com Amor, destinado a crianças com paralisia cerebral e outras dificuldades motoras.

Esta matéria foi publicada em um jornal de importante circulação na Itália. Para os que lêem em italiano, aqui está uma oportunidade para conhecer Florianópolis.

Florianópolis em italiano: le città del futuro, l`isola della magia.

Compreendendo o cérebro


Tradicionalmente um currículo contém três elementos: conhecimento, capacidade e atitudes (CCA). Os currículos tradicionais tendem a valorizar o conhecimento em detrimento das capacidades, e as capacidades em detrimento das atitudes. A experiência de vida e trabalho sugere uma prioridade diferente: atitudes, capacidades e conhecimento (ACC).

Atitudes positivas (responsabilidade, otimismo, segurança e confiança) são fundamentais para uma boa vida e um trabalho satisfatório. As capacidades (de comunicação, trabalho em equipe, organização e solução de problemas) também são essenciais. Numa época que o acesso fácil ao estoque de conhecimentos pela internet e livros, torna-se menos importante ser capaz de armazená-los no cérebro. O desafio é criar uma sociedade de aprendizagem para o próximo século e não uma sociedade de conhecimento.

A organização de cooperação e desenvolvimento econômicos, OCDE, resumiu seus três fóruns mundiais no livro "Compreendendo o Cérebro- Rumo a uma nova ciência do aprendizado", editado pelo Senac-SP. São algumas destas opiniões que relato neste post para que possamos pensar e rediscutir as formas que organizamos nosso cérebro.

Como as pessoas aprendem melhor? E onde?

Existe uma multiplicidade de estilos de aprendizagem e ainda estamos longe de uma teoria adequada, o que sabemos é que o sucesso da aprendizagem é mais provável se o aluno tem:
::: muita autoconfiança e auto-estima;
::: está fortemente motivado a aprender;
::: está em um ambiente de alto desafio e baixa ameaça;


Alunos motivados desenvolvem uma paixão pelo sucesso. Não resta dúvida que a motivação humana deve ser o ponto alto de nossa agenda da aprendizagem para o próximo século.


Informações do Livro: Compreendendo o cérebro - Rumo a uma nova ciência do aprendizado. OCDE- Senac-SP, 2003.