Educação Condutiva - com amor

Quero escrever sobre Educação Condutiva porque me apaixonei por este método, cheio de amor, que tem atendido aos meus filhos com p.c. Quero descrever o que tenho estudado, aprendido, escutado e sentido ... Tenho a vontade de abraçar o mundo e fazer com que todas as crianças na mesma condição motora de meus filhos, tenham a chance de receber toda esta inteligência, técnica, forma de agir, pensar e sentir, que com todo carinho o Dr. Andras Peto deixou de herança.

Monday, February 26, 2007

Eu, mãe: velha e confiante


Uma vez li em uma revista que mães que tenham alguma dificuldade com seus filhos, entre elas as mães de filhos com paralisia cerebral, envelhecem bem mais cedo. São estas as primeiras a mostrar sinais de velhice em sua pele e cabelos, dizia a matéria. Hoje, com meus trinta e três anos me sinto mais velha sim, a minha vida 'correu' nos últimos cinco anos. Ela não correu, ela voôu, ela passou tão rápido e foi tão intensa que não me arrependo, não me entristeço, apenas agradeço por ter vivido momentos de tanta intensidade.


Também li uma vez, em algum lugar, que casais que tenham filhos especiais, entres elas a paralisia cerebral, têm o maior índice de divórcio. Hoje mesmo nossa condutora me descrevia a motivação de seu trabalho, e refletia como é importante para os meus filhos terem um pai e uma mãe tão presentes. Muitas vezes, dizia ela, os pais abandonam a família nesta situação, e em outras, as mães.


Uma vez quando se falava em paralisia cerebral eu era a primeira a ler, a saber, a conhecer, a desvendar. O assunto me interessava e era até chata em divergir dos médicos sobre as últimas pesquisas do mercado. Não sei o que me acontece que este assunto já não me é tão importante, era como se meus filhos não tivessem adicionado ao seu nome, este novo sobrenome.


Muitas vezes me vejo tão confiante da natureza de meus filhos, no desempenho que eles têm, que acredito tanto tanto no potencial deles que acabo eu mesma enxergando eles como crianças em sua forma natural.


E é assim, na maioria das vezes me sinto tão bem comigo mesma, que não me vejo envelhecer, me sinto tão amada que nem penso em desavenças, me sinto tão entendida de tudo que não me esforço em escutar, sou tão confiante de mim mesma que acredito em tudo o que penso.


Mas... outras vezes não.






8 Comments:

Blogger Dinha said...

Eu te entendo perfeitamente Letícia. Porque tenho 34 anos, em determinados momentos canso sim, fraquejo sim. Mas, ao mesmo tempo, tenho um orgulho imenso de minha trajetória com o Caio e também o vejo como uma criança natural e feliz, graças a Deus. Ainda assim, me sinto energizada para os anos e as batalhas que vierem pela frente. Bjs, como cada vez mais admiração!

4:01 PM  
Anonymous Anonymous said...

É Lê, és um estimulo para quem busca conforto quem acompanha sua vida familiar. Que Deus abencôe a união do casal e a dedicação aos "meninos". Já te disse que estais emprestando um tempo precioso de tua vida para eles, mas estou certo que a recompensa será maior do que o tempo emprestado.O que eu tenho visto pela vida afora é que Pais de especias ganham de presente a longevidade!!!!(Experimente observar este fato nos outros lares)

9:27 AM  
Blogger LeticiaBTK said...

Márcio Búrigo e Dinha

Vamos coletar todas as energias do universo para que tenhamos todas as forças do mundo para nos matermos sempre no lado CERTO da moeda.

E que a longevidade seja SIM uma das felizes recompensas...

Leticia

12:14 PM  
Anonymous Anonymous said...

Letícia,infelismente é verdade, muitos casais acabam se separando por não aceitarem a situação de ter um filho especial.Por isso o amor é tão importante, pois ele nos faz amadurecer, lutar e seguir em frente.Que DEUS continue abençoando a seu casamento e tornando a sua família cada dia mais feliz!

Beijos

7:41 PM  
Blogger Grilinha said...

Leticia

Eu tb tenho 33 anos e parece que renasci desde que o meu filho nasceu...Sinto mais motivação, energia...o relacionamento com o meu marido está até melhor, pois não sobrevalorizamos "coisinhas, bobagens" e subscrevo o que escreveste...porém, OUTRAS VEZES NÃO...
Não somos todos assim. Estamos sempre felizes e contentes com a vida? Claro que não. Há aqueles pequenos momentos que não, para dar mais valor aos outros maravilhosos. Os meus momentos mais "NÃO" costumam ser de manhã, cedo, cheia de pressa para me despachar para ir trabalhar e o meu filho não segura no biberão para beber o leitinho sózinho, ou eu que acabo saindo de casa super-carregada, mals , pastas, sei lá e ainda tenho de pegar no Pedro ao colo ! Aí, maldigo a minha vida até dizer não, mas se o Pedrocas fosse diferente, seria tão diferente assim ? Creio que até não ...beijocas grandes

3:47 AM  
Blogger LeticiaBTK said...

Oi Néa e Grilinha,
Estamos tentando tirar as fraldas de meus filhos, eu acredito que eles podem! Eles estão com quatro anos e meio e já é hora de observar os outros amigos na escola e fazer o mesmo. É assim que eu penso e assim que eu falo para eles. Mas.. sabes o que um deles disse ao meu marido?
- Mas pai, os amigos na escola sabem ir andando sozinho pra fazer xixi.

É mais uma destas que me corta o coração. Ainda mais nestes dias de 'outras vezes não'.

...

2:19 PM  
Anonymous Anonymous said...

Todos envelhecemos, porém, nós mães especiais acabamos passando por experiências muito mais intensas, isto pode dar a sensação de que envelhecemos mais rápido. Mas certamente para os nossos filhos tão especiais, somos as mães mais jovens e lindas do "pedaço". Viva nós!

10:50 PM  
Blogger LeticiaBTK said...

Zulmira maravilhosa!
Sim, nós lindonas do pedaço! hehehe
Minha mãe quando viu esta foto neste post, logo veio me dizer, TROCA essa foto! hehehe
Nada mais belo que envelhecer com sabedoria e 'beleza' !
Um beijão
Leticia

8:49 AM  

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