Pachamama*, que exemplo!
Aqui no hemisfério norte o inverno está chegando e as árvores estão se despindo...
Elas estão deixando de lado toda aquela beleza e jovialidade de suas folhas, que estavam tão frescas no verão...
As folhas que dançavam de acordo com o vento, que juntas faziam música para aqueles que passeavam sobre suas sombras...
As folhas passam por um degradê de cores, e do verde vivo, quase fosforence do pós verão, era possível ver a energia e a clorofila respirar, a árvore estava vestida para uma festa de gala...
E as folhas então passaram para um verde opaco, quase 'velho', que parecia estar na árvores há muito tempo, e que já demostrava maturidade, entendimento, porém conservadora com aquela nova veste...
Com o outono então as folhas se transformam em um lindo tom de amarelo, já sóbrio e preparado para uma nova ocasião, era o momento de se deixar levar pelo envelhecimento que logo se transformou em um amarelo fosco, maduro, sábio e paciente...
Era então a vez de colocar a última vestimenta, de cor marrom, com pouca força, quase sem vida, balançando de acordo com o grupo, sem energia própria, esperando a vez de mudar...
E elas assim ficam em uma vai e vém, tanto tempo por um triz, penduradas nas árvores até esperar que sopre o vento e seja a hora de cair...
No chão uma reunião, uma montanha, uma família que se une...
Pela primeira vez elas estão lá todas juntas, de sorriso feito com seu trabalho cumprido, e sem vida já...
Em pouco tempo as árvores já estão desnudas, mostrando sua bela forma, os galhos fortes e vivos, viris, torneados, prepotentes, contudo uma feição zangada se arma contra o frio, a neve, o vento...
Toda essa tranformação mostra a força da vida! Não só a força, mas a rapidez com que ela vem e vai, e o ciclo que ela oferece para àqueles que dão a chance de esperar pra ver. Na próxima estação tudo recomeça...
Pachamama (significa mãe natureza na linguagem dos incas) que força! Que exemplo!
2 Comments:
Que poetisa que vc está minha irmã!!!
Sil,
Sabes que a minha intenção nem foi poética, mas realista!
Uau, poetisa eu então, show heim...
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