Educação Condutiva - com amor

Quero escrever sobre Educação Condutiva porque me apaixonei por este método, cheio de amor, que tem atendido aos meus filhos com p.c. Quero descrever o que tenho estudado, aprendido, escutado e sentido ... Tenho a vontade de abraçar o mundo e fazer com que todas as crianças na mesma condição motora de meus filhos, tenham a chance de receber toda esta inteligência, técnica, forma de agir, pensar e sentir, que com todo carinho o Dr. Andras Peto deixou de herança.

Tuesday, October 31, 2006

Peto: um voluntário


Peto nunca trabalhou para seu próprio ganho. Todas as suas atividades sempre foram voluntárias, ele não tinha posses, nunca se preocupou com seu próprio conforto ou bem estar. Ele estava sempre pronto para ajudar e por toda sua vida ele tinha uma idéia fixa : Corrigir o desenvolvimento para crianças com dificuldades motoras. (Pena que eu não tive a oportunidade de dar um beijo nesse cara!)

O Sistema de Peto tem propósito, é consistente e é desenvolvido por passos construídos um sobre o outro.

Mas eu poderia dizer que ele foi 'tentado' a viver uma vida 'comum'... Parece que em algum momento ele se deixou levar pela emoção, pelo prazer, pelo amor. Dizem por aí que um dia ele viu uma bela moça dentro de um trem quando chegava na estação em Vienna. A atração foi instantânea, dali ele partiu para Berlin, sem lenço nem documento, entrou no trem em companhia desta moça. Ele foi visto somente alguns anos depois, em Paris, da onde retornou aos seus estudos e a sua bela carreira.

O admiro como pessoa, como história, como vida. Ele abdicou, não só de seus bens, mas de uma companheira, de filhos, de uma família. Peto era visto por alguns como um 'Buddha', porque ele parece mesmo ter sido 'feito para isso', assim dizia Vera Foster, uma de suas alunas. E ela o descrevia assim: Ele era gordinho, forte, não muito ágil, andava com passos curtos e balançava de um lado ao outro; toda vez que entrava em nossa sala, todos os outros ficavam insignificantes.

Ele não tinha vida social, trabalhava e respirava pelo Instituto Peto. Tinha um grande carisma e era judeu. Seu pai tinha uma confeitaria, sua mãe era professora de escola infantil. Nascido em 1893, ele foi professor do departamento de Fisiologia da Universidade de Vienna, diretor de duas instituições de saúde na Áustria. Em 1938 fugiu no facismo e voltou a Hungria. A partir de 1945 iniciou seu trabalho prático e em 1967 formou a primeira turma de 23 condutores. Morreu no mesmo ano de ataque cardíaco, em seu Instituto.

6 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Esse Peto é demais!

2:42 PM  
Anonymous Anonymous said...

Quando li hoje seus comentários fiquei pensando como o amor move a vida. Vc falando do amor de Peto mas só consegui refletir sobre o amor de vcs pelos filhos. Parabéns!
Bjs
Silvana

11:13 AM  
Blogger LeticiaBTK said...

Oi Silvana! Que palavras bonitas! Até fui reler o texto de novo para ver que tanta reflexão eu te passei (risos)... Na verdade procuro sempre ser tão 'neutra' para que cada um possa avaliar a educação Condutiva no seu meio, da sua forma... Valeu a leitura e a visita por aqui. Beijão!

6:15 PM  
Anonymous Anonymous said...

Letícia,me obriguei a entrar aqui hoje e estou muito feliz por ter me permitido ler esse texto e o que fala do Bobath.Estou numa correria só pois tenho que entregar a minha sala e ,se tudo der certo,vou dividir com a Cynara.Nossa mas valeu muito a pena,a gnt vai se apaixonando e vendo que o gratificante é fazer não importa como,é se sentir feliz!Bjos e obrigada poer essa oportunidade!

5:29 PM  
Anonymous Anonymous said...

Não sou anônima não!Hehehe...mas só 'tá saindo assim...é a idade...Bjo!Magé

5:32 PM  
Blogger LeticiaBTK said...

Magé! Isso mesmo, não importa como, fazer da forma que a criança esteja ativa, motivada e feliz! Assim como tu sempre fizestes com tanta atenção aos meus filhos! Boa sorte na tua sala nova, dividir com a Cynara, vai ser show, que dupla heim! (risos) Valeu!

6:08 PM  

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