E.C. também para adultos
Em todos os meus textos não lembro de ter mencionado o uso e a prática da Educação Condutiva para adultos. Acontece que meu mundo são meus filhos, meu interesse no momento é pelo desenvolvimento motor de crianças. Mas a Educação Condutiva foi também desenvolvida para trabalhar com adultos com dificuldades motoras. É uma condição falha no sistema nervoso central que afeta a habilidade em controlar os movimentos de uma forma fácil, intencional e funcional. Na infância esta condição inclui a paralisa cerebral, nos adultos aparece como Parkinson, múltipla esclerose, derrame e algum tipo de traumatismo de crânio.
O que me leva entender que o interesse pela Educação Condutiva se deva dar pela sociedade como um todo, e não somente àqueles que tenham uma situação crítica a 'consertar'. Não sabemos o que pode nos acontecer no futuro, seja um acidente de carro ou uma situação ao acaso, como os ínúmeros casos de derrame cerebral. A Educação Condutiva está aqui para nos ajudar a levar de maneira mais fácil e adequada a nossa vida.
A Educação Condutiva não proporciona nenhum tipo de 'cura', mas opera de uma forma a minimizar efeitos secundários da sua condição, além de beneficiar os níveis fisiológicos e psicológicos. Não é uma terapia, mas uma psico-pedagogia.
Nós como pais quando temos nossos filhos em uma condição de dependência, fazemos com o que o centro da família seja aquele que mais necessita. Mas também podemos ser nós como filhos, com nossos pais em uma condição de dependência, e também teremos uma família ainda mais unida e solidária. Toda a família acaba envolvida na condição e interessada em quaquer assunto que venha a agregar ao 'novo' grupo.
Na prática eu já observei alguns momentos dos programas dos adultos e eles não são muito diferentes daqueles que as crianças fazem. A mesma sonorização, a mesma sequência de movimentos e a mesma concentração nas tarefas. Não sei dizer, mas imagino que os progressos com adultos devam ser mais rápidos, uma vez que fazem de maneira consciente e intencional, podendo praticar no seu dia a dia sem que precise ser lembrado da importância dos movimentos.
* Algumas informações deste post foram retiradas do artigo "Some basics things to know about Conductive Pedagogy", por Andrew Sutton em maio de 2006.
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