Educação Condutiva - com amor

Quero escrever sobre Educação Condutiva porque me apaixonei por este método, cheio de amor, que tem atendido aos meus filhos com p.c. Quero descrever o que tenho estudado, aprendido, escutado e sentido ... Tenho a vontade de abraçar o mundo e fazer com que todas as crianças na mesma condição motora de meus filhos, tenham a chance de receber toda esta inteligência, técnica, forma de agir, pensar e sentir, que com todo carinho o Dr. Andras Peto deixou de herança.

Tuesday, October 10, 2006

O potencial de cada um


As condutoras que trabalhavam com Andras Peto o chamaram para ver uma criança que não conseguia atingir seu objetivo já a algum tempo. Ele tinha que subir e descer três degraus de uma escadinha. Era seu objetivo e elas não estavam conseguindo realizá-lo. A criança parecia ter todas as condições mas elas estavam inseguras e depois de várias tentativas resolveram mesmo chamar Peto.
Ele chegou na sala e 'simplesmente' chamou a criança pelo nome e disse: ' Eu vim aqui te ver subir estes degraus. Você pode, tem todas as condições. Suba agora. Um, dois, três.' E assim a criança o fez, um, dois e três; subiu os degraus e desceu.
As condutoras envergonhadas se entreolharam e parabenizaram a criança. Ao sair falaram ao Peto: ' Foi muito difícil conosco, como o senhor conseguiu ? O senhor deve ter algo muito especial mesmo, não foi a criança, foi o senhor!'
Ele retrucou em forma de quase deboche: ' Eu ? Fui eu ? Quem subiu aquela escada não fui eu!'
E assim Peto demonstrava não ter nenhuma 'mágica' e que ele não era nenhum 'milagroso'. Ele era decisivo, direto e pontual em seus objetivos.
Simplesmente acreditava no potencial que cada um tem.

Na Educação Condutiva não se aprende um movimento, mas sim a resolução de problemas. Todos os programas que são realizados habilitam a criança a desenvolver o que ela não sabe fazer, e não praticar aquilo que ela já sabe. Os condutores ajudam as crianças a pensar. Se a criança quer mostrar alguma coisa, eles param, observam e comentam sobre aquilo. Então eles convertem aquilo que a criança quer fazer com o que o condutor realmente deseja realizar. A indiferença frente a intenção que a criança tem é o pior retorno que se pode dar.
As crianças devem aprender a querer, viver, resolver seus problemas, lutar por suas coisas, esforçar-se. A intenção leva a uma nova perspectiva de vida.
O grupo que se trabalha inclui as crianças e os condutores com seus auxiliares. O condutor líder vê o grupo como uma só unidade, eles precisam trabalhar precisamente juntos. Cada novo passo é dado depois que cada um do grupo atingiu seus objetivos estabelecidos.

O grupo é como uma orquestra. Eles tocam juntos. O condutor é o maestro. Cada criança é um instrumento diferente, tocando a mesma melodia.

2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

"Todos os programas que são realizados habilitam a criança a desenvolver o que ela não sabe fazer, e não praticar aquilo que ela já sabe."
Tu sempre fizesse isso com eles Lê... e eu também já faço isso com a Carol, pq aprendi contigo! Se bem que a gente até fazia eles ficarem repetindo muitas coisas sempre, né? Tadinhos... eehehhhe... faz parte!
Um beijãooo!
Gabi

3:18 PM  
Anonymous Anonymous said...

Eu também acredito neles!!!! Sou igual ao Peto!!! Beijo da Dinda

8:57 PM  

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