Educação Condutiva - com amor

Quero escrever sobre Educação Condutiva porque me apaixonei por este método, cheio de amor, que tem atendido aos meus filhos com p.c. Quero descrever o que tenho estudado, aprendido, escutado e sentido ... Tenho a vontade de abraçar o mundo e fazer com que todas as crianças na mesma condição motora de meus filhos, tenham a chance de receber toda esta inteligência, técnica, forma de agir, pensar e sentir, que com todo carinho o Dr. Andras Peto deixou de herança.

Thursday, September 28, 2006

Estatísticas do trabalho de um poeta


Peto escreveu coisas lindas, cada frase com tanta intensidade, ele era mesmo um sábio, um poeta! Moreno, pai do psicodrama era seu amigo particular, eles escreviam obras teatrais juntos e ele nunca entendeu como Andras tinha ido estudar medicina. - Uma pessoa com esta sensibilidade, inteligência, domínio da literatura e conhecedor de tantas ciências humanas. Você poderia ser um escritor muito rico e famoso, um dia disse ao próprio. Peto lia muito, mas era muito mais que inteligência era um curioso arrojado, sempre em busca de novidades pelo mundo. Todas elas relacionadas ao bem estar humano.
Peto supervisionava diariamente o que chamava de 'cronotopografia', nem sei como traduzir isto para o português. Mas era um 'mapa' da rotina de cada criança que era atendida por seu Instituto. Todas as tarefas que cada um tinha a fazer, onde e quando. O programa deveria preencher as 24 horas do dia de cada um, incluindo a condução que seria realizada no seu tempo livre, nas brincadeiras e todas as formas de ação. Os resultados estavam ali para serem alcançados.

Anos mais tarde (1983) foram feitas estatísticas com tabelas dos resultados atingidos nas práticas diárias realizadas com Educação Condutiva. A pesquisa completa pode ser encontrada nos anais publicados no Segundo Congresso de Educação Condutiva, em húngaro e inglês. Abaixo descrevo um resumo de dois temas, (a) resultado de sua condição após determinado período de avaliação e (b) tempo necessário para cada criança dependendo de sua condição.

(a) Depois de 12-14 meses de avaliação as crianças:

já não tinham condições de andar 57,3% *(antes da pesquisa)
ainda não tinham condições de andar 17,7% **(após a pesquisa)

já não tinham condições de manipular 36,5% *
ainda não tinham condições de manipular 18,4% **

já não tinham condições de falar 27,1% *
ainda não tinham condições de falar 14,6% **

demonstraram atraso no seu desenvolvimento intelectual 22,1% *
permaneceram como chegaram 12% **



(b) Crianças com diferentes condições motoras necessitam diferente tempo de trabalho a ser desenvolvido até atingir conquitas para sua reabilitação.

ataxia 11 meses
atetose 41,5 meses
diplegia 32,9 meses
hemiplegia 16,2 meses
hemiplegia dupla 39,4 meses
espinha bifida 22 meses


Eu tenho formação em exatas e gostaria muito de ver o mundo todo em estatísticas. Mais do que isso: gostaria de ver o progresso e o sucesso em estatísticas. Ilustrados com aqueles gráficos lindos que a curva só sobe, só sobe... Infelizmente elas são somente números e tratando-se ainda da avaliação de humanos, fica ainda mais difícil avaliar, creditar, formular, resultar. Mas serve para algum posicionamento, de algumas pessoas, em algum ponto de vista.

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