Educação Condutiva - com amor

Quero escrever sobre Educação Condutiva porque me apaixonei por este método, cheio de amor, que tem atendido aos meus filhos com p.c. Quero descrever o que tenho estudado, aprendido, escutado e sentido ... Tenho a vontade de abraçar o mundo e fazer com que todas as crianças na mesma condição motora de meus filhos, tenham a chance de receber toda esta inteligência, técnica, forma de agir, pensar e sentir, que com todo carinho o Dr. Andras Peto deixou de herança.

Saturday, September 30, 2006

Formação de condutores


Participei da cerimônia de colação de grau dos condutores na Inglaterra no início deste mês. Os relatos da história, do aprendizado, e as riquezas que foram desenvolvidas pelo caminho foram mais uma certeza de mostrar que o que estamos fazendo vem sendo testado e aprovado.

Dra. Lillemor Jernqvist, fez o discurso para os condutores formados. Ela é fisioterapeuta senior que acompanhou a evolução do termo paralisia cerebral na década de 70, quando esta ainda era tratada apenas como um problema médico e por médicos. Hoje vemos que esta forma de visão levou a sociedade a tratar estas crianças de forma isolada e na maioria dos casos tendo suas capacidades e habilidade ignoradas.

Lillemor foi destas pessoas que se preocupavam com as crianças, com suas habilidades, e brigava por este espaço. Ela comenta como na educação condutiva todos trabalham de forma holística e ainda aplicada, que faz com que as pessoas que trabalham devem ter conhecimento em todas as áreas de desenvolvimento, visualizando a pessoa completa. Para isto o condutor tem que trabalhar duro, em seus estudos , nos exercícios na sua prática, além de usar o intelecto para manter seu trabalho estimulante e desafiador.


O condutor é um especialista no assunto e um profissional muti-competente. Lidar com pessoas portadoras de deficiência já é um tanto desafiante, assim como toda nossa vida é um desafio. Ela brilhou ao discursar as alunas, além de honrar não somente a elas, mas também a Andras Peto, Mari Hari e Ester Cotton, que dedicaram suas vidas para a Educação Condutiva, concluindo:


- Esta sala está cheia de novas condutoras sim, mas está é cheia de esperança! E o ciclo da vida é isto, a história, o agora e o futuro. Através da educação condutiva, com estes condutores 'o agora tem seu futuro'.
Condutores são as pessoas habilitadas para liderar um grupo de crianças trabalhando a Educação Condutiva. Eles têm uma formação super completa, têm estudos em diversas áreas, desde psicologia, neurologia, pedagogia, terapia, fisiologia, sociologia, anatomia, entre outros.

Ser um condutor é como qualquer profissão, exige uma faculdade de quatro anos de estudos. Ser condutor é uma destas profissões que estão ligadas a sua prática; assim como o médico que não se forma sem seu último ano de residência, o condutor aplica todo o seu conhecimento no dia-a-dia de sua formação.

Os dois centros que formam atualmente são o Instituto Peto na Hungria e o Instituto NICE de Birmingham. Na Hungria são formados 40 condutores por ano (em húngaro), em Birmingham este ano (2006) formaram 7 (em inglês), e está no seu sétimo ano. Ainda não existe nenhum curso oferecendo pós-graduação na área, mas pretende-se oferecer a partir de 2007 na Inglaterra. A Hungria fez uma parceria com uma Universidade da Espanha, que apenas uma vez, realizou um master. Em Birmingham, a Universidade que forma as alunas é a Universidade de Wolverhampton. Mas praticamente todas as aulas são feitas dentro do Instituto, e a prática realizada junto as crianças e adultos que são atendidos.

Peto, um ano antes de sua morte, escreveu sobre sua vida de condutor:

- Minha saúde é frágil, mas meu desejo inevitável pelo trabalho e o prazer que tenho por ele não me são reduzidos ou diminuidos.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home