Saboreando sentimentos
Em alguns momentos me sinto sendo privada de momentos como que por um castigo do destino
privada no sentido de estar longe das emoções ao ponto de não vivenciá-las
escutando sem opinar, observando sem julgar, vivenciando sem sentir
no meio de um diálogo percebo o momento que o sentimento se transforma
gosto de observar estas mudanças, perceber os momentos onde a gente se identifica com o sentimento
se permitir o castigo seria apenas repreender, de forma alguma se ferir
para mim um exercício, que infelizmente começa olhando para o outro
gostaria de poder iniciar comigo, mas o ensaio se faz na minha frente
depois de experimentar então me percebo
Em momentos de meditação, me permito
deixo meus sentimentos fluírem sem destino
reorganizo meu dia, retomo pendências e então existe a pausa
como se o corpo diminuísse e a mente crescesse, me permito
identifico o cômico, o patético, o erótico, o maravilhoso, o pacífico, o furioso, o heróico, o terrível
os sabores de cada sentimento que vão e vêm, velozes e turbulentos
meu corpo não faz um movimento se quer
depois de experimentar, então me percebo
onde fui e onde vou, sem dar um passo, sem falar uma palavra
com sentimentos genuínos, sem interferências, sem ensaios
sou ator e espectador, saboreando meus sentimentos
Post inspirado em matéria da Revista Prana Yoga Journal de junho de 2008, Essência da Vida: escrita por Sally Kempton
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