Educação Condutiva - com amor

Quero escrever sobre Educação Condutiva porque me apaixonei por este método, cheio de amor, que tem atendido aos meus filhos com p.c. Quero descrever o que tenho estudado, aprendido, escutado e sentido ... Tenho a vontade de abraçar o mundo e fazer com que todas as crianças na mesma condição motora de meus filhos, tenham a chance de receber toda esta inteligência, técnica, forma de agir, pensar e sentir, que com todo carinho o Dr. Andras Peto deixou de herança.

Monday, September 24, 2007

Náufragas


O médico francês Alain Bombard decidiu espontaneamente virar um náufrago, buscando provar os limites que a vida oferece. Como ele, outros náufragos descrevem os testemunhos do que viveram.

1-Conseguir alimentos. Embora rodeado de água e peixes, matar a sede e a fome são tarefas árduas para um náufrago. É preciso encontrar a equação da quantidade de água salgada a tomar, e em quanto tempo, para que o organismo continue funcionando. Os peixes, é preciso saber pegar, pois usualmente o náufrago não possui vara de pesca ou anzol.

2-Há de se ter em conta que viver em situações extremas requerem medidas extremas. Diz a lei do mar que resistem os que estão dispostos a fazer qualquer coisa para sobreviver. Os relatos de naufrágios longos acabam enfrentando tabus como o canibalismo.

3-Rezar, rezar e rezar, também dá resultado. Acreditar em uma ordem superior, uma provação divina e acreditar sem parar nos resultados positivos. Inesperadamente se faz chover quando a sede está gritante, peixes pulam para dentro do barco quando não há mais chances.

4-O balanço do mar faz apreciar as pequenas coisas, um marinheiro descreve que pessoas que têm compromissos firmes com a vida enxergam tragédias como meros obstáculos a serem ultrapassados. A monotonia fez o marinheiro entrar em contato profundo consigo mesmo e com a natureza que o rodeava, mesmo que alternando momentos de sanidade com delírios de consciência.

5-Tirar proveito das companhias a sua volta, sejam eles pássaros ou tubarões.

6-Estabelecer rotinas através de um capitão imaginário, dando ordens e estipulando regras para a `equipe`. Com tantas atividades o marujo afastou de si a pior das agonias à deriva, a vontade de interromper seu sofrimento.


Não só marinheiros em alto mar, eu mesma me vejo há meses remando, sem conhecer meu destino, passando momentos de muita sede, mesmo com abundância de água a minha volta. Em alguns momentos olhando pro céu e pedindo, com fé, amor e tirando o máximo proveito dos que estão ao meu lado e de mim mesma. Me fazendo de comandante e operária em constante atividade, pra não perder o ritmo, pra não pensar no que não quero, pra não ouvir o que não devo. Olhando no fundo de mim mesma, me sinto como uma náufraga no meio caminho.



* Post baseado em texto de Erica Montenegro em matéria da revista Super interessante de dezembro de 2005.

3 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Ser um náufrago deve ser muito difícil.Viver o desconhecido quando nos sentimos inseguros,sem rumo tbm é muito difícil,mas acreditar e ter um objetivo nos faz lutar e mesmo que só cheguemos até a metade do caminho já somos vencedores!

Um grande abraço

8:40 AM  
Anonymous Anonymous said...

'"NADA NOES É DADO GRATUITAMENTE...
Y SI ASI FUERA, TALVEZ NO TENGA VALOR'". LUTE !!!

10:52 AM  
Blogger LeticiaBTK said...

muitos momentos são densos a ponto de naufragar, outros levianos a ponto de não perceber... que falta de sintonia comigo mesma.

1:25 PM  

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