Rezando
Me vejo pequena, rezando sozinha minhas primeiras orações. Elas não tinham muito sentido, mas acontece determinado momento que me lembro de falar de Maria como sendo minha mãe, e então sentir-me um ser só. Um indivíduo único, um ponto no mundo.
Sempre rezei, sonhei, desejei, implorei e sim, conquistei tudo o que pedi. Não me lembro em que momento deixei de ser tão determinada em minha orações. Será que ter filhos pequenos, faz com que nossas ações sejam nossas orações?
Um buraco profundo no meio da barriga que faz faltar ar, mas provoca um silêncio tão intenso que ensina a voltar a respirar. Sozinha, somente com Maria, a mãe de Deus. - Ai meu Deus! - um grito interno, um sentimento aflorando em leves pancadas até encontrar uma paz e um 'esquecimento' que amortece. Os olhos se abrem e a prece termina, o dia segue.
A música ainda ecoa: "Ave Maria, Mãe de Jesus, o tempo passa e não volta mais... Tenho saudades daquele tempo, que eu te chamava de minha mãe... Ave Maria Mãe de Jesus. Depois fui crescendo, eu me lembro, e fui esquecendo nossa amizade, chegava em casa chateado e cansado... perdi o costume da criança inocente, minhas mãos quase não se ajuntavam..."
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