Educação Condutiva - com amor

Quero escrever sobre Educação Condutiva porque me apaixonei por este método, cheio de amor, que tem atendido aos meus filhos com p.c. Quero descrever o que tenho estudado, aprendido, escutado e sentido ... Tenho a vontade de abraçar o mundo e fazer com que todas as crianças na mesma condição motora de meus filhos, tenham a chance de receber toda esta inteligência, técnica, forma de agir, pensar e sentir, que com todo carinho o Dr. Andras Peto deixou de herança.

Monday, February 21, 2011

Alças na pele

As roupas que poderiam me ajudar.

Eu imagino bermudas com alças nas laterias dos quadris, assim fica mais firme para tirá-los da cadeira. As bermudas de tecido sintético são muito boas, não rasgam, é por elas que na barra da perna, eu seguro minhas mãos. Sempre que me coloco na posição, ali eu imagino alças.

Embaixo das axilas eu também desenharia alças, para que eu pudesse segurar nelas e dar segurança para meus braços que parecem deslizar.

Opções: Camisetas de malha esgaçam e rasgam. Roupas com lycra são escorregadias. Neoprene é firme mas se prolongam.

Em uma visão de Aldous Huxley, vejo alças de pele nas próprias coxas. Assim como na base da coluna, para ajustar o quadril e proporcionar uma boa postura sentado. Facilita o ajuste e a boa postura.

Não consigo colocar botas em meus filhos. Os dedos dobram. Os cadarços começam no meio do sapato, eles deveriam ir até o nível do dedão do pé para me facilitar. A costura com a língua no meio do pé impede que o pé se ajuste. Botas que firmam o calcanhar, mas calçados que não me servem.

Uma vez eu imaginava brinquedos para que meus filhos pudessem brincar. De fácil apertar, com música para estimular, com argolas para puxar. Hoje imagino roupas.

Pode parecer esdrúxula criatividade ou até loucura! Mas são idéias para se questionar. E a ciência está aí para testar...

3 Comments:

Blogger Expansão Tecnologia Terapêutica Dinâmica said...

Leticia, trabalho com crianças com paralisia cerebral há 37 anos. Li hoje vários dos seus posts.
Há anos, vejo, escuto, sinto o que você escreve com tanta realidade e emoção. Não acho que encontre as palavras (escritas) que descrevam a minha identificação com seus anseios, dificuldades, questionamentos, procuras, etc.

Queria conseguir lhe escrever mais, mas sinto que não irei ser hoje - após tudo que li por aqui - uma pessoa coerente.

Já apaguei dezenas de palavras escritas aqui, só que ficar repetindo para mim mesma: "alças na pele".

Super abraço,

Gisleine

9:31 AM  
Anonymous Ana Raquel Kothe said...

Leticia,
Imagino-me dizendo várias frases ditas nestes textos.
Imagino-me vivendo vários momentos relatados aqui.
Imagino-me, no futuro,"alargando todas as portas" e querendo "alcas na pele".
Hoje aindo imagino brinquedos que permitam minha filha brincar e ainda me parece muito que ela consiga escolher entre um SIM ou um NÃO.
Mas, no final, não apenas IMAGINO mas eu SEI "QUE OS MELHORES PENSAMENTOS NASCEM AO SOL".

Obrigada por tão profundas e verdadeiras palavras.

Ana Raquel

10:46 PM  
Blogger Néa e Arthur said...

Oi Letícia mesmo com o passar do tempo nos encontramos a imaginar como melhorar a qualidade de vida dos nossos filhos,eu sempre me vejo dessa maneira,pra tudo que olho penso podería ser assim com um ajuste aqui e outro ali mas ainda sim fica faltando alguma coisa como aquele delícioso sofá em nos afundamos nele e temos um prazer enorme em estar ali...Parabéns por transcrever aquilo quem tbm sentimos!
Um abraço

1:08 PM  

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