Pequeno demais :: Grande demais
O carrinho não serve mais. Agora temos um maior, grande e leve. Ainda serviria se ele se sentasse bem, mas logo o quadril escorrega e as pernas ficam para fora do carrinho. Qualquer intenção de movimento já desarruma a postura sentada.
Não! este carrinho não serve mais. Não serve mais ao meu filho, mas me serve. Por ser leve, dobrável, grande e eu preciso de um porta mala que caibam dois. Ele tem o tornozelo machucado de tanto bater no mesmo lugar.
E não é só quando parado, quando andamos pelos cantos da casa com o pé pra fora do carrinho, bate na parede, dobra o dedo. Que barberagem! Queremos fazer o mesmo tempo que os que andam, queremos bater recordes!
Fazendo uma curva e ir arrastando o dedinho na parede. Imediatamente eu peço desculpas. De que adianta?
Levá-los no colo, passando por uma porta, as pernas compridas batem na parede, os braços mal coordenados ficam abertos e ás vezes dobram os pulsos. Na última reforma já pedi o alargamento de todas as portas. Ainda assim bato nas portas. Portas mais largas?
Ao retirá-los do carro, bato a cabeça deles no teto. Eles estão altos. Na verdade não coordeno minha força, que preciso de muita para tirá-los da cadeira, mas não tanta a ponto de bater com a cabeça no alto. No carro eles não cabem mais?
Me puno, me engulo de dor. Não queria poder estar escrevendo uma palavra sequer. Parece a piscina do Daigo, que ficou rasa este verão... ( eles estão crescendo rápido demais...)
3 Comments:
Sempre venho aqui...há Posts em que tenho tanta ânsia por muito a dizer que a fluência do raciocínio é tomada pela emoção, em muitas de suas manifestações, outras tiram o fôlego, as que tem honra ao mérito (Você em blogs nacionais, internacionais, em livro). Venho aqui mais do que para ler, de uma maneira "misteriosa" tenho empatia, de forma "mística" interajo (comigo, com os textos tão vivos...). Aqui encontro PALAVRAS VIVAS e que tocam meu coração.Obrigada Letícia, por TODA sua iniciativa, por me ajudar a ser humilde e seguir aprendendo a viver dentro de minhas limitações, deficiência, invisíveis, e por vezes imcompreendidas. TODO DIA É UM RECOMEÇO, UM EXERCÍCIO...e a vida segue.
Um abraço de alma!
Roberta,
Que sutileza em suas palavras. Que desejo de ser viva! Ser como eu sou, sem um olhar que me censura.
Esta é a vida, um dia depois do outro, um exercício em viver. Para todos nós.
Beijo com amor,
Leticia
Pequenos demais são os erros e as "topadas" em pezinhos,cabeças e braços!
Grande demais é o amor que todos vcs tem!! E eles sabem disso! :)
e Com Amor a gente vai vivendo "um dia após o outro"!!
Beijo grande!
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