Inclusão escolar
A professora se confunde se o meu filho precisa fazer a tarefa ou se ele precisa fazê-la no ritmo dos colegas. Sei que ele também quer fazer no mesmo tempo dos outros, mas não é justo nem para ele, nem para o grupo. Ele tem o tempo dele.
O importante é que ele faça a tarefa. Que ele seja o realizador da ação. Não importa para mim o tempo que ele demore para fazer, o importante é que ele seja o autor.
Na palestra de inclusão da Professora Maria Teresa Mantón, ela dizia que a escola de todos nós, a escola de inclusão é aquela que não está formatada para o grupo, mas aquela que se molda a cada um. Escola para todos.
" A criança sabe muito, mas pode deixar de saber se nós formos os limitadores de seu saber. As diferenças é que fazem o processo educacional inusitado. A diferença existe. Somos diferentes. "
Na semana passada foram as palavras de Luciane Lubianca, que escreve para a Zero Hora sobre sua experiência com inclusão:
"Sempre explico aos meus rebentos que no nosso mundo existem dificuldades visíveis e invisíveis. Para as últimas, as soluções podem ser até mais difíceis, talvez seja preciso muito mais trabalho do que milhões de sessões de fisioterapia. No olhar tranqüilo deles, percebo a generosidade e o entendimento de quem já sabe disto há muito tempo. Sigo aprendendo..."
Vivemos na dúvida do ritmo, da tarefa, do tempo. Que bom que temos dúvidas, estamos construindo nosso aprendizado. Triste são aquelas escolas que Luciane cita em seu artigo, aquelas escolas que têm a certeza da exclusão, e abertamente não aceitam alunos especiais.
Prefiro a dúvida Luciane, e nós temos a oportunidade de aprender com esta inclusão na vida diária, apenas com os olhos em nossos filhos. Somos diferentes sim, mas não menos inteligentes.
Texto de Luciane de 12 de setembro de 2008 | N° 15724, ARTIGO Inclusão escolar, na Zero Hora Porto Alegre.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home