Educação Condutiva - com amor

Quero escrever sobre Educação Condutiva porque me apaixonei por este método, cheio de amor, que tem atendido aos meus filhos com p.c. Quero descrever o que tenho estudado, aprendido, escutado e sentido ... Tenho a vontade de abraçar o mundo e fazer com que todas as crianças na mesma condição motora de meus filhos, tenham a chance de receber toda esta inteligência, técnica, forma de agir, pensar e sentir, que com todo carinho o Dr. Andras Peto deixou de herança.

Tuesday, December 18, 2007

Contenha-se e realize


Não sou do tipo contida e recatada, falo alto com os braços abertos e cheia de expressões. Ao contar um episódio de alegria ou de raiva, não consigo me conter em meu corpo, expresso os sentimentos de todas as formas que possuo. Em alguns momentos porém é necessário se `comportar`, seja para não chamar atenção, ou para não acordar as crianças.

Eventualmente recebo dicas de comportamento, como: fale baixo, não se esponha, descreva sem se exaltar, contenha-se. Para mim é uma tarefa muito difícil relatar algo, sem demonstrar sentimento, sem me alterar. É tanta emoção que me desequilibro, seja gritando ou chorando.

Comparo esta relação com a maturidade emocional de meu filho. As condutoras sempre me colocam que para conseguir expressar os movimentos de seu corpo, ele precisa relaxar.

Relaxar aqui significa estar com seus músculos tensos, em seu lugar, mas não super-estendidos. Eu traduziria que seria ficar de pé, sem emoção. Apenas de pé. Mas acontece que no momento de estar de pé, ocorrem muitas emoções: primeiro a da realização, depois as sensações de continuar, de dar um passo, de se sentir equilibrado com suas próprias forças. É muita emoção para poder controlar. Acontece que se não estiver relaxado, já não se consegue ficar de pé. O excesso de emoções desequilibra o corpo.

No relatório de final de ano apresentado pelas condutoras, com descrições e fotos, consigo ver meu filho de pé e relaxado. Ainda são pequenos momentos, mas ele tem conseguido controlar suas emoções para que possa controlar as ordens de seu corpo, de forma voluntária e ativa.

Este é um passo. Muitas vezes queremos o resultado e não compreendemos o porquê de ele ainda não sentar, o porquê de ele não estar de pé. São pequenos momentos, pequenas expressões e às vezes apenas um controle de sentimentos para poder realizar as funções motoras. Na educação condutiva procura-se perceber todos estes momentos.

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