Educação Condutiva - com amor

Quero escrever sobre Educação Condutiva porque me apaixonei por este método, cheio de amor, que tem atendido aos meus filhos com p.c. Quero descrever o que tenho estudado, aprendido, escutado e sentido ... Tenho a vontade de abraçar o mundo e fazer com que todas as crianças na mesma condição motora de meus filhos, tenham a chance de receber toda esta inteligência, técnica, forma de agir, pensar e sentir, que com todo carinho o Dr. Andras Peto deixou de herança.

Monday, November 19, 2007

Missionário da alegria


Vivendo esta época de fim de ano, decoração de shopping, movimento de compras eu me lembro da Patrícia, mãe do João, com todas as letras dizendo:
- Não é igual não. Eu não consigo ir ao shopping com meu filho, sendo uma criança especial, e achar que consigo ir e vir como se estivesse com outra criança. Não mesmo!

Era o psicólogo Eduardo tentando trazer a naturalidade cada vez mais perto de nós, pais especiais. Querendo mostrar que o mundo é transformador e que tudo podemos. Valeu a força Eduardo, mas é real. Eu não aguento um shopping cheio de olhos cruéis, comentários imbecis, pessoas de alma pequena. E vejo todos, mesmo os do `meu time`, fazendo papel de missionários, sair mostrando o que eles podem e até mais do que podem. Sair cumprimentando com um seco:
- Oi tudo bom?
para fazer de conta que estamos em um ambiente natural.

Meus filhos estressados por uma mãe perturbada e impensante, percebem o todo a sua volta. Muito mais sensíveis do que qualquer um, captam todos os reflexos que a situação se cria.

Não consigo deixar de pensar na família dos `Mutantes do X-Men`. Os X-Men são humanos que, como resultado de um súbito salto evolucionário, nasceram com habilidades super-humanas latentes. Em suas histórias, homens comuns têm um intenso medo e desconfiança dos mutantes, que são vistos pelos cientistas como o novo degrau da evolução humana.

Não me vejo só, me uno a Patrícia, Luciane, Cristiana, Ana Carolina, Paula, Amanda, Eugênia, Dinha, Cris, Cláudia, e tantas mais. Vejo nossos filhos como super-heróis demonstrando seus poderes. Poderes intensos ao lado de seus familiares e amigos e inimagináveis aos passantes do shopping.

Fazer ter o tamanho do sentimento do Gabriel, filho da Luciane, que ao sair todo feliz para passear, é constantemente observado por estar usando órteses, andador, e parecer talvez, um mutante para os meninos do prédio. E ele percebendo, repete para sua mãe:
- Ele está me olhando né mãe.... Eu adorei a bicicleta dele, e ele deve ter visto a minha alegria.

Com um super-poder desse tamanho, quem pode negar a invencibilidade desses heróis.


*comentários dos mutantes retirados da wikipédia e palavras do Gabriel retirados do artigo `Inclusão social: uma grande mentira`, escrito por Luciane Lubianca, na Zero Hora de 30 de outubro de 2007.

2 Comments:

Blogger Dinha said...

Adorei este artigo da Luciana e pretendo reproduzi-lo no Meus Frutos. Obrigada pela referência. Existem momentos que não sei se me alegro ou me entristeço. Nos esbarramos virtualmente nas mesmas leituras, na mesma procura. Os olhares de fora, preconceituosos, ainda me doem. Mas definitivamente é reconfortante saber que não se está só. Um beijo grande.

7:09 AM  
Blogger LeticiaBTK said...

Dinha,
Nao sei que momento vivo, que vejo constantemente o lado feio. Sempre estive pronta pra mostrar o lindo em cada coisa, independente de ser belo. Preciso retomar os tempos das leituras de Pollyana.
Vivemos sim a mesma dor, mas sofrer não precisamos...
Um beijo
Leticia

2:22 PM  

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