30 segundos
Assistimos a tartaruga cabeçuda ser devolvida ao mar pelo Projeto Tamar na Praia Brava, aqui no mar em frente a nossa casa. Quinze dias após ter sido encontrada, muito machucada, em uma rede de pescas pelo Corpo de Bombeiros, ela foi colocada na areia a alguns metros do mar e sozinha dirigiu-se a água.
Com seu ritmo lento, deixando seu rastro na areia, e observada por dezenas de pessoas, ela emocionou todos a sua volta. Pouco a pouco foi chegando ao seu destino, ao seu meio, ao lugar onde reina. Assim que tocou a água, ela pareceu se transformar em outro animal : com muita agilidade nadou as grandes ondas e nem sentiu a forte correnteza, desapareceu na imensidão do verde mar.
No instante após a este, também fomos mergulhar no mesmo mar. No mar que não me permite ficar mais do que 30 segundos embaixo da água, mas que me permite nadar com meus filhos por mais de 30 minutos, com suavidade, conforto e prazer. O mesmo não acontece no meio em que reinamos, a terra, que não nos deixa andar com eles nem por 30 segundos.
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