Educação Condutiva - com amor

Quero escrever sobre Educação Condutiva porque me apaixonei por este método, cheio de amor, que tem atendido aos meus filhos com p.c. Quero descrever o que tenho estudado, aprendido, escutado e sentido ... Tenho a vontade de abraçar o mundo e fazer com que todas as crianças na mesma condição motora de meus filhos, tenham a chance de receber toda esta inteligência, técnica, forma de agir, pensar e sentir, que com todo carinho o Dr. Andras Peto deixou de herança.

Friday, November 05, 2010

Rotina do Programa Individual


Na postura em pé, eu coloco a mão na barra, e subo, barra por barra até a marca amarela, olho e seguro o saco de areia, o coloco de volta. Com a mão direita e com a mão esquerda, três vezes. Eu olho e percebo o que faço.

Deitado com o tronco elevado e as mãos apoiadas no chão eu derrubo os pinos de boliche. Com as duas mãos, repito quatro vezes. Eu olho para cada movimento, vejo minha mão, vejo o pino. Percebo e faço.

Partindo da posição sentado eu me levanto, seguro na barra, dou um passo para o lado e sento na cadeira ao lado. Repito. Concentrado em cada movimento, seguindo a ordem. Escuto, percebo e executo.

A rotina de educação condutiva não se parece com rotina, cada criança desenvolve uma atividade em busca de um objetivo. As tarefas parecem simples, mas são muito difíceis para este grupinho que diariamente executa estes movimentos de forma ativa buscando função.

Meu filho escuta a ordem de levantar o braço, e imediatamente põe a língua para fora, torce a cabeça para o lado. Ele parece testar seus movimentos até concretizar na ação solicitada. Ele faz um movimento inicial diferente do movimento pedido. No entanto ele tenta. Tenta e inicialmente não encontra o caminho. Com persistência encontra a forma de movimentar o braço, e enfim o faz. No entanto mais tempo seria necessário para que ele o executasse como ele desejaria que fosse.

Certamente ele entende a ordem, entende o que deve ser feito, mas não encontra a execução do comando de seu próprio corpo. Que prisão. Eu percebo que meu pé existe, sobre um bastão eu rolo ele para frente, para trás, sinto todas as cócegas possíveis. Preciso entender que meu pé existe para que eu possa usá-lo com toda a sensibilidade que ele dispõe, na função que ele serve.

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