Educação Condutiva - com amor

Quero escrever sobre Educação Condutiva porque me apaixonei por este método, cheio de amor, que tem atendido aos meus filhos com p.c. Quero descrever o que tenho estudado, aprendido, escutado e sentido ... Tenho a vontade de abraçar o mundo e fazer com que todas as crianças na mesma condição motora de meus filhos, tenham a chance de receber toda esta inteligência, técnica, forma de agir, pensar e sentir, que com todo carinho o Dr. Andras Peto deixou de herança.

Tuesday, August 18, 2009

Amadurecimento


Quando meu filho precisou pela primeira vez desenhar uma casa, ele ficou bravo, amassou o papel e disse que não adianta que ele não sabia desenhar. Demorou até querer pintar de novo.

Ele tinha seus 3 anos e certamente, nem ele, nem nenhuma criança da idade dele desenharia uma casa.

Eu como mãe de uma criança com paralisia cerebral só pensava que ele nunca desenharia uma casa. A dificuldade motora impede que ele segure adequadamente um lápis, que ele se posicione frente a uma mesa sem cair ou sem babar.

Sei perfeitamente que na cabeça dele tinha uma casa, com detalhes, e era esta casa que ele queria retratar no papel.

Foi nesta época que a professora levou a turminha da escola até um atelier de arte, para mostrar as diversas formas que um pintor usa para expressar seus desenhos. Foi ótimo, para mim e para ele. A arte explica e relaxa a razão.

Neste ano foi a vez da minha filha desenhar um animal. Ela tem 4 anos. Ela não tem dificuldade motora alguma, mas ficou muito irritada porquê não sabia desenhar o cachorro que estava retratado na mente dela. Pediu ajuda e, riu chorando, dos desenhos dos adultos:
- Isso não é um cachorro!

Alguns anos depois, mesmo tendo a arte como cúmplice, somente agora entendi que a rebeldia era natural. Natural de uma criança de 3 anos. Sem as neuras e preocupações de uma mãe inexperiente, de uma mãe especial, querendo muito mais que seu filho poderia oferecer.

A gente sempre espera de nossos filhos mais do que a idade deles está pronta a mostrar.

Nos leva a frustrações, dúvidas e amadurecimentos. E esquecemos. Como pais, apenas temos que lembrar disso. Eles têm muito a aprender.

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