Assino com uma arroba
Me desculpo àqueles e e àquelas que têm reclamado de minha ausência. Estou sem ritmo.
"...Internet com tempo quando todos dormem, internet a todo instante no telefone, internet no visor do elevador, internet para resolver todas as funções no trabalho, internet no restaurante no momento do almoço, e ao chegar em casa venho conferir se meus amigos estão on-line..."
Estou ficando exaurida com a quantidade de informações que leio, recebo, escrevo, mando, escuto, repasso. Um exagero que vem me dando ânsia.
Estou em pause. Neste momento me vejo caminhando contra o vento. Toda esta aceleração e este ritmo que o mundo está me impondo de alguma forma me perturba e não se encaixa em mim.
Saber tudo e qualquer coisa, a todo momento, todos os dias, ter a informação 100%, encontrar quem desejar. Estar on line, conectada, antenada. Chega!
Todo este ritmo me parece fora de moda. Percebo um movimento contrário. Não sei. Vivo um momento de pause, e neste intervalo já não me animo em atualizar o blog como antes. Cansei de seguir o ritmo tão acelerado que não me enxergo mais, que não me conheço.
Eu, mãe multi-tarefa, que me encantei com o primeiro Windows em substituição ao sistema operacional DOS, nas disciplinas de computação. Foi-se o tempo que até em meus momentos de férias me enlouquecia por alguns minutos no computador, que invejava o executivo sentado em seu próprio laptop, ou as salas de aeroporto com internet free. Vivo um momento de pausa, onde busco a mim mesma.
Já não leio meus e-mails diariamente, não publico meus posts com a mesma frequência. O ritmo incansável no mundo cibernético me cansou. Naquele mundo lá (aqui) estou só. Eu e mais ninguém. Este ritmo para mim está ficando demodè.
Não é um dia depois do outro que me fatiga, é um dia igual ao outro. Me vejo longe de meu mundo real, da mãe natureza, do toque, do cheiro, do frescor de uma manhã, de um silêncio sem luz.
Talvez esteja vivendo e falando da regra da fartura e escassez. Quando não temos e é raro, então queremos. Mas como o momento é de excesso, de exagero, então não me interessa mais. Neste mundo sem sobrenomes, em que meu eu passa a ser assinado sempre com uma arroba @, não me despeço, mas temporariamente me afasto.
8 Comments:
Concordo plenamente!!!
Beijo da tua irmãzinha.
PARABENS PELA PERCEPÇAO!!ISTO É SE CONHECER ,SE AMAR!!
TEMOS QUE BUSCAR AS COISAS DENTRO DA GENTE... E DISSE ALGUEM QUE"PARAR NÂOINTERROMPER.MUITAS VEZES CONTINUAR É QUE ÉUMA INTERRUPÇAO" BEIJOS DA MARILINA
PARAR NÃO É INTERROMPER....
mulher de ferro e flor!!!!!
bjs
Mara
Em momento de parada, comungo com diversos outros autores da mesma opinião.
Leio textos de diferentes épocas, anos, situações; e cada um descobre o seu momento de respirar profundamente.
Descubra o seu também :)
É parando que conseguimos ver a simplicidade da vida! E percebemos que é o simples que o ser humano mais necessita ( A natureza nos carrega de energia para continuar a nossa busca!!)parabéns pelo intervalo você esta se conhecendo melhor!!!
bjus Adriana(comadre e tia)
Adriano,
me surpreendo com tuas visitas, obrigada!
A natureza me permite parar e respirar, gostaria de ter mais tempo observando... a vida.
Um beijo com amor,
Leticia
Oi Letícia
Ano passado eu escrevei esses dois textos para o Webinsider:
http://webinsider.uol.com.br/index.php/2007/02/01/vai-dizer-que-voce-desgruda-do-computador/
e
http://webinsider.uol.com.br/index.php/2007/11/26/so-por-hoje-ficarei-longe-desse-computador/
Ultimamente tenho sentido uma certa aversão ao computador e à internet.
Por outro lado, não sei mais viver sem eles...
Noutro dia mesmo conversava sobre esse assunto com um amigo.
Obrigada por compartilhar o seu texto comigo.
Um beijo
Cris
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