Educação Condutiva - com amor

Quero escrever sobre Educação Condutiva porque me apaixonei por este método, cheio de amor, que tem atendido aos meus filhos com p.c. Quero descrever o que tenho estudado, aprendido, escutado e sentido ... Tenho a vontade de abraçar o mundo e fazer com que todas as crianças na mesma condição motora de meus filhos, tenham a chance de receber toda esta inteligência, técnica, forma de agir, pensar e sentir, que com todo carinho o Dr. Andras Peto deixou de herança.

Friday, September 08, 2006

Ilona e Hari : condutoras


Peto dizia:
Não existem crianças ruins (de trabalhar), existem sim condutores ruins !
'There is no bad children, only poor conductors.'
Peto estava trabalhando em um prédio antigo, semi destruído pela guerra e estava atendendo algumas crianças quando recebeu a visita de um engenheiro que estava oferecendo seu serviço para arrumar os encanamentos e principlamente a calefação. Ao olhar pela janela viu que ele estava acompanhado de sua família, esposa e filha, e as convidou para entrar. Ela se chamava Ilona. Ficou um pouco receosa já que não estava querendo interferir no trabalho de seu marido. Entrou e foi convidada para tomar uma bebida quente, fazia frio lá fora. Quando percebeu que Peto observava sua filha: - Ela está doente e precisa de cuidados. Porque vocês não ficam alguns dias até que ela melhore. Sim ela estava mesmo doentinha e Peto como médico aliviou sua otite e amidalite. Ilona não tinha como agradecer e ofereceu seus serviços para que pudesse servir como 'pagamento'. Ele perguntou o que ela sabia fazer, mas ela disse que não poderia ajudar com as crianças. Então sugeriu que Ilona acompanhasse as sessões de atendimento e auxiliasse os professores quando as crianças precisassem fazer suas idas ao banheiro. Um dia estava com uma criança no banheiro quando ela começou a babar, e ela imediatamente pegou um lencinho e foi limpar. No mesmo momento foi chamada: - Nunca mais seque a boca desta criança! Dê a ela um lenço, para que ela mesma o faça.
E foi assim, sem perceber, que ela foi aprendendo a forma de conduzir as crianças. Ilona Székely, a primeira condutora dizia que tinham que ajudar como se não estivessem ajudando.

Mari Hari trabalhou lado a lado de Peto. Aprendeu com ele e herdou dele o carinho pela Educação Condutiva. Mas não foi assim no início, ela começou a trabalhar com ele, mas escutou tantas coisas ruins, sobre ele, sobre seu método, sobre a forma de lidar com as crianças, que ela acabou saindo do Instituto. Neste momento muitas pessoas estavam querendo destruir o aprendizado e ensinamento que Peto fazia, o chamavam de charlatão. Dez meses depois ela voltou ao Instituto e nunca mais saiu do lado dele. Os mais nobres escritos sobre Educação Condutiva são assinados por ela. Ela estava ao lado de Peto quando ele faleceu, e coube a ela a responsabilidade de administrar o Instituto Peto, de continuar os passos dos planos de Peto ainda não terminados, além de lutar constantemente com as pessoas que ainda não tinham entendido o sentido da Educação Condutiva.


Como muito bem adicionou Lillemor em seu discurso citando Willian Blake:

' O que está sendo provado nos dias de hoje, foi um dia apenas imaginado, e agora é sua a tarefa de fazer o imaginado acontecer.'



1 Comments:

Blogger Cristiana Soares said...

Letícia, eu sempre proibi as pessoas em volta da Luísa de limparem a baba dela. Por esse mesmo motivo que Petö cita.

Hoje ela não baba mais.

Por isso que eu te disse que quando conheci a EC parece que eu já conhecia esse método. hehehe...

Muito bom texto! Parabéns!

3:43 PM  

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